O Governo dos Açores, pela mão de Carlos César, assinou, esta semana, um protocolo com a RTP-Açores que garante apoios ao canal televisivo regional e "diligencia soluções para os problemas estruturais da rádio e televisão públicas" (GACS).

Já vi este filme. Acho que se repete todos os anos. Contudo, e tanto quanto sei, os problemas estruturais da rádio e televisão públicas açorianas persistem... 

O arquipélago dos Açores está em alta. Depois de se saber que a Região vai acolher, em 2011, o Campeonato Nacional de Profissões, foi também notícia a realização, em 2010, dos Jogos das Ilhas e das "7 Maravilhas Naturais de Portugal".

Boas notícias para uma Região que está a apostar forte no turismo.

O programa da RTP-Açores "Estado da Região" de ontem foi dedicado ao jornalismo nos Açores.

Foram focados todos os aspectos relevantes à actividade: qualidade dos OCS e dos jornalistas; jornalismo online vs jornalismo imprenso; os assessores de imprensa; financiamento e publicidade.

Confesso que fiquei um pouco assustada com o panorama traçado para o futuro: há jornais que vão fechar e há jornalistas que vão ficar no desemprego. O mercado açoriano não vai ter capacidade para absorver os novos jornalistas, principalmente aqueles que estão a concluir o curso na Universidade dos Açores, e não se vislumbra o aparecimento de novos projectos, como disse - e bem - Paulo Simões, director do Açoriano Oriental.

Contudo, houve um aspecto que não foi frisado - talvez porque todos os directores de OCS presentes seguem esta prática - e que se prende com os estagiários. Tem sido política em alguns OCS da Região recorrer ao Estagiar L em detrimento da aposta em jornalistas com alguma experiência. Para além de ter influência na qualidade do jornalismo praticado, esta política está a criar emprego precário já que a maioria dos estagiários não fica no órgão onde faz o estágio.

Este é um factor que também vai contribuir para o futuro não tão bom que o jornalismo açoriano espera.

A Organização Mundial da Saúde diz que a Gripe A - que já matou 800 pessoas - pode abranger TODOS os países do mundo.

Ontem era notícia a infecção, no Reino Unido, de 50 mil pessoas NUMA SEMANA.

Nos Açores, ao que parece esta questão é desvalorizada. Mas, no entanto, todos os dias surgem novos casos em investigação.

Pelos vistos, as declarações de Graig Mello, Nobel da Medicina, - que disse que esta era apenas mais uma gripe e que não havia razões para alarme - tranquilizaram a malta do Governo Regional.

Acho que vou telefonar à OMS e dizer para eles terem uma conversinha com o Graig....

Ontem fui jantar às Furnas e segundo o que estava escrito no menu do restaurante comi uma "chessburger". Podia ter comido "batatas cosidas"ou "couriço". Também serviam "tostad chess and ham"...

Para uma região que está a apostar no turismo, obviamente que ainda há muito a fazer....

Todos os dias são publicadas notícias nos OCS dos Açores sobre as medidas de rastreio à Gripe Suína nos aeroportos dos Açores.

Agora, ainda não ouvi falar de nenhuma medida de rastreio aos navios de cruzeiro que têm atracado – quase numa base diária – nas Portas do Mar.

O risco é menor???

A redacção do Diário Insular ficou muito indignada com um artigo publicado na Azorean Spirit, revista de bordo da Sata, porque o referido texto aponta Ponta Delgada como “capital” dos Açores. Ponta Delgada é descrita como “centro da vida açoriana” [se excluirmos as touradas e os bailinhos de Carnaval, não é mentira nenhuma], “capital do arquipélago” [sem dúvida], ou “capital da região administrativa”[aqui tenho as minhas dúvidas já que o parlamento açoriano está sediado na Horta].

Não percebo o porquê da indignação. Mas alguém tem dúvidas de que é Ponta Delgada [e S. Miguel] o motor de desenvolvimento da Região.

PS - Ok. Admito que este post também tem o seu quê de bairrismo.