O semanário Expresso publica esta semana o ranking do trabalho dos eurodeputados. Até aqui tudo bem. É sempre bom saber o que andam a fazer os nossos eleitos lá para os lados de Bruxelas e Estrasburgo.
A classificação do Expresso é feita tendo por base os “relatórios” apresentados, as “intervenções” em plenário e as “perguntas” colocadas pelos eurodeputados.
Mas, depois de ler com atenção os números fico com uma dúvida: qual foi o critério de classificação do ranking? Isso porque um deputado que fez 709 intervenções (número mais elevado) e 469 perguntas (número mais elevado) mas só 6 relatórios ficou em quarto lugar; outro que fez 274 perguntas contra outro que só fez 20 ficou em sexto e o outro em terceiro [perceberam?].
Acho que o critério seguido pelo Expresso foi o dos relatórios. Quem escreveu mais relatórios fica em primeiro lugar. É uma opção. Mas quem olha com atenção para os números tem de concordar que não é a melhor. Qual será a verdadeira intenção do jornalista, que por acaso tem um processo em tribunal contra um dos eurodeputados eleito pelos Açores?